UM MUNDO PRA CHAMAR DE NOSSO
Toda história tem seu preço, tem seu começo, o seu dito. É só virar do avesso, ler o que está subscrito.(Gilberto Telles)
sexta-feira, 27 de maio de 2011
NOSSO LADO SOMBRA, NOSSO LADO LUZ
Ouvi uma interessante história sobre nossos dois lados: o da sombra e o da luz.
Certa vez a mulher de um lenhador se viu numa situação difícil. Com o marido adoentado, não sabia como manter a casa e os filhos. Decidiu ela mesma ir cortar lenha para prover o lar.
Logo cedo foi até a beira do rio, empunhou o machado e ao levantá-lo para dar inicio ao trabalho, escorregou e o machado caiu no rio, afundando rapidamente.
Desesperada clamou aos céus, implorando a Deus que a ajudasse.
Deus apareceu a ela e perguntou o que tinha acontecido.
A mulher explicou. Deus em sua Infinita Bondade, fez um gesto em direção ao rio e fez emergir da água um machado todo de ouro.
- “É este seu machado minha filha?”
- “Não Senhor, não é.”
- “Tem certeza?”
- “Sim, absoluta.”
E Deus fez outro gesto fazendo emergir da água um machado de prata.
- “É este seu machado, filha?”
- “Não Senhor, não é.”
- “Tem certeza?”
- “Sim Senhor, não é esse...”
Num terceiro gesto, Deus fez aparecer então, um machado velhinho, com o cabo de madeira gasto...
- “É este seu machado?”
- “Sim Senhor, é este mesmo!” – disse a mulher radiante.
- “Então, pela sua honestidade, você levará para casa os três machados, que a ajudarão a prover suas necessidades enquanto seu marido se recupera.”
A mulher feliz foi correndo contar ao marido o que tinha acontecido e com a venda dos dois machados puderam viver tranquilamente até a total recuperação da saúde do marido.
Mas nossa história não acaba aqui. É exatamente agora que ela começa...
Após algum tempo, o marido feliz se preparou para voltar ao seu trabalho. Como era o primeiro dia, a mulher resolveu acompanhá-lo até o rio.
Ao levantar o machado para o primeiro corte, por ter estado tanto tempo acamado, o homem ainda sem as forças definidas, escorregou e caiu dentro do rio desaparecendo.
A mulher desesperada chamou por Deus que imediatamente apareceu. Ela contou o que havia acontecido e Deus, como da primeira vez, estendeu a mão para o rio e fez surgir de dentro dele o George Clooney.
- “Mulher, é este seu marido?”
- “Sim Senhor, é esse meu marido...”
O céu escureceu quase que imediatamente e Deus nervoso, disse a mulher:
- “Você está mentindo! Este não é seu marido! Onde está a sua honestidade tal como fez com o machado que lhe pertencia?”
A mulher calmamente respondeu:
- “Mas Senhor, estou sendo honesta! Em nenhum momento deixei minha honestidade de lado!”
- “Mas por que está mentindo?”
- “Meu Deus, veja: se eu dissesse que o George Clooney não é o meu marido, o senhor faria surgir de dentro da água do rio o Brad Pitt... E eu teria que responder que ele também não era o meu marido. Só na terceira vez o Senhor traria meu marido verdadeiro... E eu teria que ir embora para casa com os três... Para não ser desonesta, achei melhor dizer que o George era sim, o verdadeiro...”
Às vezes, nosso lado sombra é tão sorrateiro que ilude qualquer um, até mesmo nós...
domingo, 3 de abril de 2011
NÃO SE FAZEM MAIS MULHERES COMO ANTIGAMENTE. NEM HOMENS.
A Danuza Leão publicou o texto abaixo na Folha De São Paulo de hoje. Vale a leitura.
Receita para uma união feliz
QUEM QUISER conhecer mesmo a evolução do mundo feminino nos últimos tempos basta fazer uma pesquisa tomando como base músicas do passado. As letras, é claro.
Outro dia acordei me lembrando de uma delas -isso me acontece às vezes- e me diverti. Não sei quem foi o compositor, mas ele era um gênio (e mais folgado, impossível).
Faz uma grande declaração de amor, nos moldes dele, a Celina, e penso que nenhuma mulher, nos dias de hoje, é venerada como ela foi. Começa assim: "Mulher, mulher é Celina, as outras são imitação" -até aí, tudo bem, tudo lindo, mas emenda com "me lava os pés quando chego, e me chama de papai". Alguma mulher recebe seu homem assim? A declaração continua: "duvido que as outras façam o que a Celina me faz, e por causa da Celina de tudo eu serei capaz". Pena que o jornal não tenha áudio -ainda.
Vamos combinar: algum homem, nos últimos tempos, disse a alguma mulher que por ela seria capaz de tudo? É claro que não; elas, que se queixam tanto dos homens, tinham que aprender com Celina, mas pensa que acabou? Não duvide, pois Celina fazia ainda mais, muito mais.
"De manhã me faz a barba, de tarde me dá beijinho, engoma o meu terno branco, e eu saio bonitinho", diz o samba.
E tudo isso, penso eu, sem pedir nada em troca, sem querer que ele assuma seu lado feminino, que ajude a lavar os pratos, sem discutir a relação, tem melhor do que a Celina? É claro que esse homem devia ser muito especial, para ter uma mulher com quem não dividia as despesas -"mulher minha não trabalha fora", ele devia dizer- e que só pensava em uma coisa: fazer feliz o homem que amava, grande Celina.
E vamos agora ao grand finale: "Se eu finjo ficar zangado, ela diz que sou um à toa", e conclui "você pode chegar muito tarde, que lugar de homem é no meio da rua", e aí vem o breque, "Celina".
Uma obra-prima, e penso que foram as tantas comemorações do dia, ou do mês ou do ano, nem sei mais, da Mulher -com maiúscula- que me fizeram lembrar desse samba e fazer uma pequena homenagem aos homens.
Não são as mulheres que têm do que se queixar, mas sim eles; qual a mulher, em 2011, que engoma o terno do marido para ele sair bonitinho? Elas são emancipadas, livres, têm os mesmos direitos que eles, como queriam, e ainda reclamam? Celina não reclamava de nada, e parecia ser bem feliz.
Mas esse homem também devia ser o máximo -e qual homem, em 2011, é assim? Eles hoje chegam em casa cansados, falando da sórdida troca do presidente da Vale, da taxa Selic, se a usina de Belo Monte deve ou não ser construída, se a importação de produtos da China está atrapalhando o comércio do Brasil. Qual a mulher que quer saber dessas coisas? Só Dilma.
Quando ele chegava em casa, Celina, enquanto lavava seus pés, devia ouvir as mais ternas e safadas declarações de amor, e é disso que mulher gosta, aliás, gostava. Se as mulheres aprendessem com Celina, a vida conjugal poderia ser muito mais bela, e isso sem nem falar da heroína nacional, Amelia, que achava bonito não ter o que comer.
Qual, já não se fazem mulheres como antigamente. E nem homens.
Algum homem, nos últimos tempos, disse a alguma mulher que por ela seria capaz de tudo? |
QUEM QUISER conhecer mesmo a evolução do mundo feminino nos últimos tempos basta fazer uma pesquisa tomando como base músicas do passado. As letras, é claro.
Outro dia acordei me lembrando de uma delas -isso me acontece às vezes- e me diverti. Não sei quem foi o compositor, mas ele era um gênio (e mais folgado, impossível).
Faz uma grande declaração de amor, nos moldes dele, a Celina, e penso que nenhuma mulher, nos dias de hoje, é venerada como ela foi. Começa assim: "Mulher, mulher é Celina, as outras são imitação" -até aí, tudo bem, tudo lindo, mas emenda com "me lava os pés quando chego, e me chama de papai". Alguma mulher recebe seu homem assim? A declaração continua: "duvido que as outras façam o que a Celina me faz, e por causa da Celina de tudo eu serei capaz". Pena que o jornal não tenha áudio -ainda.
Vamos combinar: algum homem, nos últimos tempos, disse a alguma mulher que por ela seria capaz de tudo? É claro que não; elas, que se queixam tanto dos homens, tinham que aprender com Celina, mas pensa que acabou? Não duvide, pois Celina fazia ainda mais, muito mais.
"De manhã me faz a barba, de tarde me dá beijinho, engoma o meu terno branco, e eu saio bonitinho", diz o samba.
E tudo isso, penso eu, sem pedir nada em troca, sem querer que ele assuma seu lado feminino, que ajude a lavar os pratos, sem discutir a relação, tem melhor do que a Celina? É claro que esse homem devia ser muito especial, para ter uma mulher com quem não dividia as despesas -"mulher minha não trabalha fora", ele devia dizer- e que só pensava em uma coisa: fazer feliz o homem que amava, grande Celina.
E vamos agora ao grand finale: "Se eu finjo ficar zangado, ela diz que sou um à toa", e conclui "você pode chegar muito tarde, que lugar de homem é no meio da rua", e aí vem o breque, "Celina".
Uma obra-prima, e penso que foram as tantas comemorações do dia, ou do mês ou do ano, nem sei mais, da Mulher -com maiúscula- que me fizeram lembrar desse samba e fazer uma pequena homenagem aos homens.
Não são as mulheres que têm do que se queixar, mas sim eles; qual a mulher, em 2011, que engoma o terno do marido para ele sair bonitinho? Elas são emancipadas, livres, têm os mesmos direitos que eles, como queriam, e ainda reclamam? Celina não reclamava de nada, e parecia ser bem feliz.
Mas esse homem também devia ser o máximo -e qual homem, em 2011, é assim? Eles hoje chegam em casa cansados, falando da sórdida troca do presidente da Vale, da taxa Selic, se a usina de Belo Monte deve ou não ser construída, se a importação de produtos da China está atrapalhando o comércio do Brasil. Qual a mulher que quer saber dessas coisas? Só Dilma.
Quando ele chegava em casa, Celina, enquanto lavava seus pés, devia ouvir as mais ternas e safadas declarações de amor, e é disso que mulher gosta, aliás, gostava. Se as mulheres aprendessem com Celina, a vida conjugal poderia ser muito mais bela, e isso sem nem falar da heroína nacional, Amelia, que achava bonito não ter o que comer.
Qual, já não se fazem mulheres como antigamente. E nem homens.
sábado, 12 de março de 2011
FELICIDADE EXISTE?
Algumas pessoas reclamam que a felicidade nunca chega pra elas. E não são pessoas que não batalham, não se esforçam para ser alguém, para ter algo melhor ou não pensam no futuro. Muito ao contrário. Mas elas vivem reclamando.
Sempre que encontro pessoas assim lembro daquele desenho do Hardy Har-Har, que dizia “Oh, vida, oh azar...”.
Se a felicidade existe ou não, isso depende de como cada um vê e olha para a própria vida.
O que observo na grande maioria dos casos é que as pessoas muitas vezes desejam para si algo que não estão preparadas. Não que não mereçam. Mas ainda não tem a maturidade, o cacife, a paciência, ou seja lá o que for para receberem. E mais um detalhe: algumas vezes desejamos ardentemente coisas (ou pessoas) que não são o melhor pra nós, talvez nos façam mais mal do que bem. Muitos continuam dando murro em ponta de faca sem observarem a própria postura diante da vida. Para esses, sinceramente, o que eles chamam de “felicidade” talvez nunca chegue.
É muito simples: a felicidade é viver um dia de cada vez, absorvendo tudo o que ele pode nos trazer, de bom ou de mal. Lembro uma frase de André Luiz que diz: “Ás vezes o bem é o mal, mal interpretado.” Pois é.
Felicidade é dia a dia, e isso nós mesmos construímos quando deixamos de achar que a grama do vizinho é mais verde.
Eu por minha vez, tento começar a ser feliz todos os dias quando abro os olhos e vejo este mundão imenso, repleto de possibilidades.
sábado, 5 de março de 2011
DECEPÇÕES
Dizem que tudo na vida passa. Tenho dúvidas às vezes. Algumas coisas parecem que não passarão nem na próxima encarnação.
O tempo, por exemplo. Minutos transformam-se em horas intermináveis, por exemplo.
Insônia: todos os pensamentos que não deveriam aparecer, se acumulam como neve no alto de um cume qualquer. E por mais que o aquecimento terrestre aumente, nada desse tipo de neve derreter.
Decepções: vem aos poucos, no começo nem ligamos. Fazem parte do aprendizado longo de frustrações que enfrentaremos na vida. Mas começo a acreditar que com a maturidade, além de ficarmos cada vez mais seletivos e por consequencia, chatos, elas passam a ter um peso diferente. É aquele olhar inocente que perdemos dia a dia e quando olhamos para trás precisamos sacudir um resto de amargura que insiste em pousar nos ombros.
Lembro Clarice, em "Um sopro de Vida": "Oh chega de decepções, estou tão machucada, me doem a nuca, a boca, os tornozelos, fui chicoteada nos rins." Cansa. Tudo se transforma, é inevitável. Mas já dizia Paulinho da Viola: "a marca dos meus desenganos ficou..."
Num paradoxo total, só resta acreditar o que já vivemos outras vezes: a luz reinará absoluta a cada manhã, em silêncio.
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
O ENCANTO E O AMOR
Com quem ainda não falei, vão aqui meus mais sinceros votos de um 2011 repleto de luz e todas as maravilhas do mundo!
O ano começou com um assunto recorrente nas histórias que ouço. A perda do encantamento dos primeiros tempos de um relacionamento.
Os problemas se acumulam, o diálogo cada vez mais escasso, os filhos que chegam, tomando mais tempo antes dedicado apenas ao casal... Ou mesmo durante o namoro: cada um se "acostumando" (detesto essa palavra) com o jeito do outro, nada mais causando surpresa, nem tampouco estranheza... A grande maioria acha normal, faz parte de qualquer relacionamento que se desenvolve por longos períodos...
Questiono isso. Será que relacionamentos amorosos não são também construídos dia a dia em bases sólidas de amor, aceitação e compreensão? Sim, porque sem esses pilares, difícil qualquer relacionamento sobreviver, o que dirá um que envolva questões intimas, com alguém que praticamente saberá tudo de você, da hora que acorda ao traje que usa para dormir - sim, vale desde camiseta de político, até camisola sexy - isso falando apenas das mulheres.
Imediatamente lembro do Taj Mahal, na India. para quem não conhece a história, o Taj Mahal é uma das maravilhas do mundo e foi construído em homenagem a última esposa do imperador Sha Jahan.
Eles se conheceram quando Arjumand vendia cristais num bazar. Sha Jahan imediatamente se apaixonou por ela, mas quis o destino que ele se casasse antes com outra, para após cinco anos, transformar Arjumand em Mumtaz Mahal, "a eleita do palácio". Durante todo o tempo o casal trocava juras de amor, além de estarem quase sempre juntos, compartilhando tudo o que a vida a dois possa oferecer. Alguns anos mais tarde, Sha Jahan participava de uma batalha fora dos arredores do palácio, quando recebeu a notícia de que sua esposa estava à beira da morte após dar à luz o décimo terceiro filho deles. O imperador ainda teve tempo de se despedir da esposa, que morreu em seus braços. Durante o resto de sua vida, enclausurou-se e mandou construir um imenso palácio, onde exigiu que tudo o que houvesse de melhor no mundo fosse utilizado na construção: os melhores arquitetos, operários, pisos, jóias, etc, para que ali fosse representado o amor que existiu entre Sha Jahan e sua esposa. Depois de duas décadas, o palácio ficou pronto e enfim, Mumtaz Mahal pode ser transferida e enterrada no lugar construído em sua homenagem. Anos mais tarde, o próprio imperador ali também se juntou ao corpo da esposa.
Essa história me faz imaginar um homem que mesmo após a morte da companheira, continuou a dedicar suas lembranças e seu amor, dia após dia. Escolhas. O mais comum é vermos exatamente o contrário: companheiros(as) de jornada que mal se falam, que não compartilham romance, que não se olham nos olhos, que guardam segredos, que apenas exigem aquilo que o outro não consegue dar.
Fico a pensar se a perda do encanto, não significa de fato, a perda do interesse no outro. E quando isso acontece...realmente não há mais o que fazer.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
RODA VIVA
Estive pensando em quantas coisas nem sabemos que existem e que podemos estar perdendo... Ao mesmo tempo outra idéia me assola como um raio: e nas coisas que existem que estão ali ao alcance de nossas mãos e as deixamos escapar? Ou pior: nem ligamos?
2010 ficará marcado pra mim como um ano de profundas transformações: algumas inevitáveis, outras profundas, muitas dolorosas, a maioria necessária.
Mudanças não me assustam. Aliás, nunca me assustaram. Gosto delas.
Claro que nem todas são fáceis e aceitáveis, mas o tempo se encarrega de moldar a imensa plasticidade que todos temos.
Junto comigo, a grande maioria dos amigos e conhecidos passou por situações semelhantes e algumas até extremas. Sobrevivemos todos.
Eu, particularmente, tenho trilhado caminhos que já existiam, mas que eu ainda teimava em não descobri-los livremente. E existe sensação melhor do que fazermos nossas escolhas com o coração alinhado com a razão? Descobri que pior que não saber de todas as coisas que existem nesse mundo (leia-se também “possibilidades”), é deixar momentos ou pessoas raras passarem ao largo. Resolvi ver de perto tudo isso.
E posso garantir pra vocês: não me arrependo. As surpresas têm sido constantes e inéditas. E lembrando Fernando Pessoa: “As vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido.”
Há muitos anos atrás, num processo terapêutico, alguém me disse que minha vida sempre seria assim, RODA VIVA. Hoje, olhando para passos já dados, eu só tenho que concordar: para mim não existe coisa melhor.
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
ASSIM É SE LHE PARECE
Temos a tendência às vezes de acreditar em coisas que são mera ilusão. E perdemos horas, dias, até anos, achando que poderemos modificar esta ou aquela situação.
Mais uma vez nos deparamos com a dificuldade de aceitar. Talvez porque um dos sinônimos de aceitar seja "conformar-se". Não adianta chorar o leite derramado. Como diz uma grande amiga minha, "é o que é".
Para ilustrar este pequeno post, trouxe duas fotos de uma estátua na Lituânia. Ela se chama "o semeador de estrelas".
Durante o dia, ela é assim:
Mas, durante a noite, o que nossos olhos não viram, aparece...
Que possamos ver sempre além daquilo que está diante de nossos olhos, hoje e sempre.
"As vezes, nossa vida é colocada de cabeça para baixo, para que possamos aprender a viver de cabeça para cima."
Assinar:
Postagens (Atom)