Adoro o silêncio. Tanto o interior quanto o externo. Conheço poucas pessoas que circulam bem entre esses dois mundos tão distintos. Uma grande maioria precisa de barulhos (externos) para esquecer talvez, os próprios... Difícil para alguns se concentrar em si mesmo. Esse exercício pode ter o efeito de fogos de artifício, balas de festim, ou silencio ensurdecedor. A prática da meditação nos ajuda a ouvir nossos silêncios ou barulhos, você decide caro leitor. Bonito quando conseguimos perceber que por mais bravio que seja o mar que habita nosso coração, ele também tem períodos de maré mansa, cheia ou baixa. Alternar os silêncios entre as marés, observar se somos também influenciados pela Lua, ouvir os maremotos, é um caminho para nós mesmos. E existe coisa mais útil do que caminharmos ouvindo nosso mundo interno tão rico?
Às vezes me deparo com pessoas absolutamente sozinhas nessas minhas andanças pelo mundo. Sozinhas daquele tipo que todos os dias, no mesmo horário, na mesma mesa, sentam-se para tomar café, almoçar, jantar. Como o sorriso é uma de minhas marcas, de vez em quando dou sorte e consigo puxar um papo e conhecer mais uma história. Quando isso não acontece, claro que fantasio. Se é mulher posso pensar que é solteira, viúva. Homem também, mas geralmente isso não corresponde à verdade. Já ouvi histórias de pessoas altamente desiludidas com o ser humano que simplesmente desistiram de tentar. Não digo tentar ficar com alguém, mas tentar fazer NA própria história um capítulo diferente. “É mais cômodo”, dizem alguns, “Não vale à pena”, explicam outros. Isso me faz lembrar alguns tipos que ao serem perguntados se gostam desse ou daquele prato respondem lacônicos: “Não gosto, mas nunca comi.” – Como saber da vida sem experimentá-la em todos os seus sabores??? “Tenho medo”, outra resposta comum. Mas sempre penso que tenho medo do que eu conheço e não do que não conheço. Explico: acidente de carro – nunca sofri, mas tenho medo. Imagino coisas pavorosas por já ter trabalhado com pessoas que socorreram vitimas deles e talvez por isso sou uma motorista pra lá de especialista em direção defensiva. Insetos: eles podem picar, por exemplo, e causar grandes alergias e até a morte. Tenho medo. Buchada de bode? Adoro! Tenho uma amiga que diz que eu nasci do lado errado do mapa do Brasil – a comida é típica? Eu como, por que não? O que é desagradável pra mim pode ser extremamente suculento pra você! Sabores, cores, aromas, toques, olhares, jeito de andar... Tanta coisa diferente!!! E tudo isso à nossa disposição!!! Sempre torço para que um dia aquele(a) solitário(a) ali lembre que simplesmente está vivo.
PS: Desculpas aqueles que não respondi as mensagens! Neste Carnaval estou longe de uma boa conexão, mas farei isso assim que voltar a São Paulo! Grande abraço a todos!
4 comentários:
Hmmm... Eu nunca comi buchada de bode e nem tenho vontade de comer... hehehehehe... Muda o exemplo que eu passo a concordar contigo, ok? ;)
Falando em solidão, eu adoro meus momentos sozinha, onde curto tudo o que amo e recarrego as minhas energias.
O Silêncio e a solidão para mim são vitais.
Bjão!
Falando em solidão, eu adoro meus momentos sozinha, onde curto tudo o que amo e recarrego as minhas energias.
O Silêncio e a solidão para mim são vitais.
Bjão!
Oi, Carla:
Indiquei seu blog pro "olha que blog maneiro".
Maiores detalhes lá no dbstudio.
bjnhs
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