segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

RODA VIVA



Estive pensando em quantas coisas nem sabemos que existem e que podemos estar perdendo... Ao mesmo tempo outra idéia me assola como um raio: e nas coisas que existem que estão ali ao alcance de nossas mãos e as deixamos escapar? Ou pior: nem ligamos?

2010 ficará marcado pra mim como um ano de profundas transformações: algumas inevitáveis, outras profundas, muitas dolorosas, a maioria necessária.

Mudanças não me assustam. Aliás, nunca me assustaram. Gosto delas.

Claro que nem todas são fáceis e aceitáveis, mas o tempo se encarrega de moldar a imensa plasticidade que todos temos.

Junto comigo, a grande maioria dos amigos e conhecidos passou por situações semelhantes e algumas até extremas. Sobrevivemos todos.

Eu, particularmente, tenho trilhado caminhos que já existiam, mas que eu ainda teimava em não descobri-los livremente. E existe sensação melhor do que fazermos nossas escolhas com o coração alinhado com a razão? Descobri que pior que não saber de todas as coisas que existem nesse mundo (leia-se também “possibilidades”), é deixar momentos ou pessoas raras passarem ao largo. Resolvi ver de perto tudo isso.

E posso garantir pra vocês: não me arrependo. As surpresas têm sido constantes e inéditas. E lembrando Fernando Pessoa: “As vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido.”

Há muitos anos atrás, num processo terapêutico, alguém me disse que minha vida sempre seria assim, RODA VIVA. Hoje, olhando para passos já dados, eu só tenho que concordar: para mim não existe coisa melhor.



2 comentários:

ML disse...

Carlinha: este post me lembrou uma frase do Sartre que eu ADORO: "detesto cadeiras confortáveis".
E uma outra dos irmãos Marx citada num filme de Woody Allen:"jamais entraria pra um clube que me aceitasse como sócio".
A 1a. frase mostra como a inércia pode ser "fatal". A gente vai ficando, ficando, fazendo, e... nada acontece.
A 2a. tem a ver com algumas pessoas que conheço e não admiro (pra dizer o mínimo): elas não sabem mesmo ser queridas. Só entendem o jogo.
Eu não sei jogar, nem acho bom esperar pelo trem "que já vem, que já vem, que já vem...".
Tipo " o tempo passou na janela só Carolina não viu...".
Então entremos na roda bem vivas (e de olhos bem abertos).
Porque um ano a mais tem de valer muito a pena. E xô com o que não traz nem alegria.
bjnhs e um 2011 BACANÉSIMO pra Você, Querida!

Luv

ML disse...

Querida, passei pra desejar um ótimo final de semana.

bjnhs

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