Às vezes acontecem fatos em nossas vidas cujas conseqüências nos colocam em situações nunca dantes imaginadas... Podemos conhecer um grande amor num lugar inesperado, ganhar um prêmio que modifique totalmente (para o bem ou não) nossa maneira de viver, sofrer um acidente, ser assaltado, etc. Podemos estar sentindo que estamos fazendo o bem, ou o nosso melhor e sermos interpretados como fazendo justamente o oposto. O livre pensar é só pensar. Muitos ficam encarcerados dentro de dogmas, preconceitos, realidades que não podem ser mudadas seja por comodismo, covardia, cansaço e desenham o mundo de acordo com suas próprias lentes. Não admitem que outros também possam ser capazes de amar, sorrir, abraçar, estender a mão. Muitos, se sentindo incompreendidos desistem do amor. Outros, dos quais faço parte, seguem acreditando que amar é ótimo desde que os limites do amor também sejam respeitados. Sim, porque amor demais é desequilíbrio, sufoca, enfeitiça, adoece com o tempo. Nessa caminhada vamos fazendo amigos e também inimigos involuntários. Um inimigo involuntário é aquele que você mal conhece e vice-versa e ele já está disposto a puxar o seu tapete. Os motivos para isso podem ser inúmeros, mas pra mim o principal é a falta do próprio-amor. Que bom quando o tempo passa e com ele o outro aprende a te conhecer e ao libertar-se do medo de amar também SE liberta e com isso o amor nasce e floresce. Sim, porque não adianta termos apenas um amor guardado no peito, é importante que ele floresça como a primavera e caia em forma de chuva, leve, refrescante, apaziguadora sobre quem se ama. Triste quando o tempo passa e esse amor encrua, aperta o peito, causa angústia, maltrata o coração que vira pedra até tornar-se pó. Amar alguém que sabemos ser nosso “inimigo involuntário” não parece tão difícil quando entendemos as restrições do olhar e do amor dele. Difícil é vermos que muitos não estão sequer dispostos a tentar experimentar novos óculos. Difícil é vermos que o tempo é implacável e infelizmente muitos perdem a chance de fazer diferente e ao invés de criticar, simplesmente amar. Ontem perdi um desses “inimigos involuntários” que fazemos pela vida. Fiquei triste porque sei que devo ter falhado em algum momento, já que nesta vida não deu para refazermos a história, embora minha capacidade de amá-lo ainda esteja latente. Agora me resta enviar através de minhas orações todo o amor que eu gostaria que ele tivesse aceito. Descanse em paz, com amor.
4 comentários:
Seus textos sempre têm muita verdade nas entrelinhas. Gosto daqui... Bjs
Que ele descanse em paz. E você fique bem, moça. Olhe para frente e siga o seu caminho pois é a melhor atitude que pode tomar neste momento.
Dà-lhe Carlinha, nosso vc foi tao no ponto, que me lembrou uma situação recente que vivi, mas infelizmente não posso citar aqui... Blogs tem muitos olhos! hehehehehe
Bj grande e vc passa muita coisa doce sabia, mesmo falando de coisas não tão doces as vezes!
O ser humano contraiu uma doença tão devastadora que me dá medo saber que não iremos sair ilesos. Tá todo mundo sofrendo de uma cegueira brutal.
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