Passadas as comemorações do Dia dos Pais, trago uma variação de um mesmo tema, inspirada no post “DIA DAS PÃES” de minha querida blogueira Andréa.
Muito se tem falado sobre as mães que acabam por assumir filhos, casa, comida, roupa lavada, trabalho dentro e fora do lar para manter não só seu próprio sustento, mas também o de seus rebentos.
Inúmeras mulheres são abandonadas por seus homens (maridos, namorados, amantes) assim que estes descobrem que elas estão grávidas ou quando resolvem viver a vida de outra maneira (com outra companheira ou não.). Indescritível falar do sofrimento de uma menina grávida quando o primeiro namorado foge sem dar notícias ao saber que será pai. O mundo pela frente e uma grande, enorme responsabilidade nos ombros, na cabeça, no bolso. E pelo resto da vida. Uma mistura de dor, fibra, luta, dedicação, lágrimas e muitas compensações.
Outro dia uma moça me contava da felicidade de receber o primeiro abraço espontâneo da filha que ainda fará dois anos ao chegar em casa depois de um exaustivo dia de trabalho. Desnecessário dizer que foi abandonada (ela e a filha). Abandonar é o verbo, que no Houaiss tem os seguintes sinônimos: “desamparar, deixar sozinho ou sem condições (de sobreviver, de prosseguir com alguma tarefa, trabalho, propósito etc.) ; renunciar a, desistir de; perder o interesse por, não dar mais atenção a, descuidar-se de direto, deixar de lado, renunciar, renegar”.
O mote deste post trata do outro lado. Dos pais que são também abandonados por suas mulheres e se vêem de repente, às voltas com filhos, fraldas e mamadeiras, sem nunca terem chegado perto de qualquer uma das opções. Dos pais que ao separarem-se de suas esposas, amantes, namoradas, são alijados do convívio de seus filhos por anos a fio, por conta da raiva, dor de cotovelo, vingança, ódio, ou qualquer sentimento desprezível por parte de suas ex-mulheres. Mulheres essas que não pensam em seus filhos, no que esse afastamento por ameaças poderá causar em seu futuro quando adultos, quando um dia forem pais.
Algumas mulheres não admitem que um homem vá reiniciar sua vida com outro alguém ou sozinhos. E partem para uma luta inglória, de maneira egoísta e lamentável, onde o que passa a interessar é QUANTO esse pai vale financeiramente e não como exemplo, como amor. Usam seus filhos como “moleque de recados”: “Diga à seu pai que ele precisa pagar a pensão e não gastar com aquela vagabunda” e outros exemplos não tão finos que vocês podem imaginar.
Cicatrizes profundas surgirão, por todos os lados. Muitas e muitas vezes, nem o peso dos anos trará a cura. O abismo que se formou é imensurável.
E por conta de que? Do egoísmo. Simples assim.
Crianças precisam de amor, de acolhimento, segurança e sobretudo da maneira diferente entre ser mãe e pai.
Aprendi com um professor há muitos anos que “quem não sabe renunciar, não sabe amar”. Mulheres assim não sabem amar seus filhos. Falo de um amor incondicional, o amor de uma mãe, cantado em prosa e verso há tantas gerações. Não estou discutindo se o homem fez certo ou errado, mas sim as conseqüências de quem é capaz de viver uma vida inteira pelo prazer de destruir alguém. Sim, caro leitor, essas pessoas existem, ou vocês acham que a “Nazaré” daquela novela foi inspirada em sonhos? Não, não, vida real. Quantas delas conhecemos ou já ouvimos falar? Além daquelas que assim são.
Existe um projeto de Lei em votação que visará impedir que um dos pais denigra a imagem do outro perante os filhos, afim de evitar que estes apresentem os mais diversos problemas emocionais e psicológicos no futuro, advindos de uma guerra que não visa nada mais que o poder, o controle. Já não era sem tempo!
Sou mãe, sou esposa e sou filha. Tive o privilégio de ter esses dois exemplos de pais na mais alta conta. Talvez isso explique este post: acredito nos homens e não faço parte do discurso de muitas “mulherzinhas” de que “homem não presta”. Presta e muito, sou o exemplo vivo disso. E passo isso adiante. Porque se tem “homem que não presta”, garanto que existem mulheres que prestam menos ainda.
Minha homenagem aos pais que fazem parte da minha vida e à todos aqueles que choram por não ter a graça de verem o crescimento de seus filhos. Coragem e fé. Relembrando Fidel: “Um dia a história os absolverá” porque a verdade tarda, mas não falha. E no final o amor sempre vence o mal.Sempre, tenha certeza.
O vídeo mostra Cartola e seu pai, após 40 anos sem se falarem. Notem a emoção mal disfarçada de ambos... A hisória da música é resultado da noite em claro que Cartola passou ao descobrir que uma de suas filhas havia se tornado prostituta. Pais também sofrem.
6 comentários:
Oi Carla!!
Conheço um rapaz que foi privado por sua ex-esposa de conviver com sua filha.
A história é triste, mas ele finalmente conseguiu a guarda da menina, hoje está casado novamente, e a atual esposa trata a garota como se fosse sua filha.
O tempo cura tudo, minha amiga!!
Beijo grande,
Andréa
Carla!
É impressionante como me identifico cada vez mais com os seus textos.
Outra hora, te conto uma história que tem tudo a ver com o teu post.
Um beijão!
Concordo contigo! Tb existem pais em situações adversas, das masi incríveis! E eles tb sofrem! E existem sim tanto homens quanto mulheres que não prestam! Uma homenagem das masi merecidas! Um post que mostra o outro lado! O lado B da questão! Parabéns! Adorei!
Bjoks!
Fábio.
Carlinhaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, to aqui.....rs
Esse mundo da internet é tão louco quanto o mundo real....vida louca!......rs
Sumimos e aparecemos!
Andei mei afastada, mesmo...depois fechei o blog, viajei pra carambas. Aliás, estou no Rio agora. O que importa é que nos acahamos....rs
Esse texto é muito tristeeeeeeeeeeeeeeee. Já briguei por causa de guarda de filho. Uiiiiiiiiiiii
Fêmea é um lance singular, mas o melhor é que não haja brigas, pq por mais que a gente tome todos os cuidados, pode respingar alguma mágoa.
Bom "ver" vc!
beijo enorme
Cris Animal
Muito bom seu post! Mostra um outro lado da questão, um que ninguém pensa muito mesmo!
Beijocas
Adorei este post, Carla, parabéns!
É isso ai: antes de sermos mulheres somos pessoas. Honestas e justas - pelo menos tentamos ser o máximo possível.
Tem mulher bacana, tem mulher cretina e não temos de defender as mulheres só porque somos mulheres.
Levou um fora? Chora, mas não é desculpa pra virar "raposa em pele de cordeiro".
Nao conhecia a história deste músico - muito triste, né?
bjnhs
PS: o que falta mesmo no Brasil é uma política de controle de natalidade chamada informação. Mas isso não interessa aos políticos né? Quanto mais gente tendo filho por conta de bolsa família, mais eleitores limitados que votam no primeiro hipócrita que passar em seu caminho.
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